22 dezembro, 2009

As perdas de várias formas nos cercam com fita isolante, é algo que aperta e nos deixa totalmente presos, é uma intensa falta de ar. Inundam toda a área de proteção de forma brutal e avassaladora... Idas e voltas, fins, começos, ainda ciclos que de repente renovam-se a partir de algum ponto e vão a outro desconhecido. Desencontros são perdas. Distanciamentos são perdas. A partir daí então deveríamos viver com a certeza de que um dia tudo se encontra, porque tudo o que é pra acontecer acontece. Vendo por um lado bem otimista o mundo é bem pequeno, afinal, quilômetros de terras, espaços vazios, casas, prédios, muros, calçadas, tudo isso pode ser ultrapassado e percorrido, distinguido, descoberto. Pernas, aviões, carros, bicicletas, pássaros, asas, tudo é transporte a um meio possível, tudo é possível. Supomos barreiras que podem muito bem serem destruídas, pisoteadas, da mesma forma que pisoteamos uns aos outros. Podemos fazer tantas coisas piores, a distância é apenas mais um próximo caminho que precisamos percorrer, transcrevemos muitos obstáculos necessários. As perdas de alguma forma são totalmente necessárias, nos tiram o fôlego, sobrecarregam pensamentos, cansam, imploram atenção e depois nos renovam com as voltas, as sempre voltas, voltam pelo mesmo caminho que foram.

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