Nunca levei a sério essa história de sempre, mesmo sem necessidade, carregar algo entre os dedos pra apertar ou balancear a solidão. Noite passada eu carregava um pássaro nas mãos, carreguei até em casa todos os sorrisos sem rosto que encontrei na rua, procurei tanto que eles pareciam ser pra mim. Desde a partida, do "the end", "volto logo", chame como quiser isso ou aquilo que eu fiz e deixei. Desde aquele dia eu carrego algo muito grande nas mãos, algo que exala um perfume único e misturado com meu cheiro de sono deixa qualquer um com alguma iniciativa suícida, enorme. Tem gosto de vinho, notas musicais, saudade e reencontro. É por isso que pareço um pouco louca quando ao suspirar agoniada fecho as mãos depressa.
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