11 fevereiro, 2010

Mais da metade é viva

Estou forçadamente escrevendo para os fatos bons que estão me marcando desde a primeira hora do novo ano, e é estranho pois nem me sinto tão nova assim como ele. Não que eu seja feita apenas de tristezas, melancolias, dramas, gaiolas, fios, pausas e fins. É isso também, muito disso e esse triplo de alegrias, vinho, água, cloro, colos, começos, recomeços e permanências. Admito que prefiro escrever sobre o lado que pesa mais num lugar do cérebro que deve ser bem cinza, mas o outro lado é arco-íris.
Me veja feliz, sorrindo de amores desde o primeiro segundo do dia primeiro do ano dez necessário. Ando louca, pensei, pois até sozinha olhando as paredes me vejo totalmente completa
e satisfeita, satisfeita com o ruído que vem da caixa de som que me lança a moça mais vagal que há e o passarinho do meu sweet jardim. Vez em quando eu abro a caixa dos pensamentos póstumos e sigo na certeza de que nunca tinha iniciado um ano tão bom. Nem as casas de família suportam minha alegria, e ao dormir me cubro apenas com os sonhos que eu tive a cada dia. Confesso também que preciso de um livro em branco, quero todas as páginas dispostas a serem escritas e reescritas por dedos de vento. E quero ser vento até o final.

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