03 janeiro, 2010

"Plantei no jardim um sonho bom. Mostrei meus espinhos pra você. Faz que desamarra o peso das botas e fica feliz. Abre o guardachuva que hoje o sol desistiu de sair. Esse perfume de alecrim trouxe de volta um sonho bom. Posso até olhar pela janela e recitar "une petit chanson". Cantei pra você meus velhos tons. Perdi seu ouvido pro jornal. Eu trago a dança que me inspirou o café sem açucar e tal. Analise o fundo da xícara, a esperança é igual. E eu confesso, só me resta a vida interia. Só me resta a vida em mi maior e lá."

Abracei o mar com uma força que nem eu sabia que tinha, a roupa depois tornou-se tão pesada quanto minha vontade de gritar, inundar os olhos daquelas gotinhas salgadas que eu não derramei quando quis. Após conversar com ela, minha moça de cabelos compridos e cheirosos fiquei com um aperto de pontada fina no coração, aquela dor que vinha de cima a baixo passando por todas as veias... Por todo o corpo. Como eu podia dizer pra mulher da minha vida que eu poderia amá-la mais do que minha vontade de gritar? Gritando sozinha (internamente) no mar gelado de uma madrugada de Palpite no violão sobre a lua e gelo. E gritei muito, me afoguei ainda mais, e valeu a pena. Meu amor aumentou, espero que ela tenha ouvido, eu gritei muito alto, meu coração quase explodiu. Falei com todo o corpo jogado no mar enfrentando aquelas ondas como sendo cada barreira existente que possamos ultrapassar. Ela sabe... E eu também sei. De coração aberto!

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