03 setembro, 2009

Olhos cegos que veem a luz apagada


Desconheço os fatos novos
Embora todo o novo seja uma prova de que não mudarei
Ou mudarei demais e ninguém irá perceber

Por muito tempo ouvindo conceitos múltiplos em pernas e faces
Rasguei minha pele para respirar o ar mais sujo
Em troca de tua benção recuperei meu bom senso
E também tua navalha, a que eu bebia sem sentir

E são oito palmos de abraço e mais um dedo de vingança
A pele fria ao ser cortada e depois costurada permanece ácida
A saliva podre que mantém a boca cheia é a maior prova de que engolimos vida

E são oito linhas de nada e um rosto de mágica
A manhã, amanhã, cheia de riscos no céu
Os seios fartos e eu farta de anseios

Seguindo o traço maior
Profundo e largo e cheio de insônia
Enliando os cabelos de grama
Pendurando os orgãozinhos no cabide
Amputando os membros

Falhos em vida, úteis em morte.

6 comentários:

  1. - seus suspiros de silêncio me fazem ofegar.

    blogsempre! :)

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  2. Ótimo texto. Um dos meus favoritos até agora.

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  3. My vc nao me quer mais,vc me recusa,vc me rejeita,vc nao me escuta nao sei o pq sempre estou do seu lado e vou ser sempre sua mae...Estou triste nao sei minha vida nao tem sentido sem vc perto de mim....te amoooo se nao gosta mais de mim mais eu vou te amar para sempre...sua maeeeeeeee!!!Eu sou seu suspiro em silencio eterno.

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  4. Amarei sempre vc do seu jeitoooooooooooo!!!

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  5. Henning achou o maximo tudo isso que vc faz,continue fazendo o que vc gosta quem sabe vc aqui se tornara uma grande escritora...te amamos sempre....bjus

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