Pela incerteza do amanhã, pra garantir meu hoje, estou gritando o bem por aí! Pelos dias quietos, pelo sol que quase não aparece, pelos banhos quentes e pelas mãos frias, eu grito! Pelo amor que ainda encontrarei, por quem irá abrir essa porta daqui a pouco e me abraçar, pela minha irmã e nossas conversas telepáticas. Para os que eu quero um bem enorme, estou gritando! Me desejando cada vez mais voz, e mesmo que ela não venha, nunca faltarão palavras.
15 dezembro, 2010
Mais um cansaço
Quando acordo sem voz eu grito aqui, ou numa folha em branco, até parede serve. Mesmo sem motivos carrego essa vontade incessante de gritar, para mostrar que estou aqui e meu sangue ainda é quente apesar das temperaturas negativas e das pessoas frias que insistem em confundir minhas cores. Gritar pelas coisas que acontecem sem avisar, pelo tempo que vez em quando parece parar e quando eu me distraio o relógio já cansou de dar voltas, e me perco assim.
01 dezembro, 2010
Silêncio
Não sei até que ponto pode chegar uma pessoa que sofre de carência; desse tipo que parece doença. Não consigo mais expor aqui aqueles velhos suspiros apaixonados ou saudosos, com felicidade ou não, falando dos novos e antigos amores. Fui apagando junto com o inverno, e só preciso dizer que isso não é tão bonito quanto nas fotografias.
"Você está calada até para a escrita."
Ao ler isso não precisei mais me descrever, era a citação correta para o meu estado de espírito, e certamente é o que está acontecendo agora. Me peço perdão por não poder fazer das palavras aquela melodia boa de ouvir, ou de decorar. Talvez o meu verão esteja próximo.
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