06 agosto, 2009

Para alimentar os lobos.


O ama como se fosse o único
De poesias a fotografias
Entre tantos o primeiro
Que me causa desprezo
Entre tantos o primeiro
Que a faz feliz

Por entre os cachos seus dedos
Me perdoa se te odeio
Talvez não quisesse
Mas com a razão não tem jeito

Pensamentos que não se encaixam
Sorrisos que não se encontram
Mãos que não se tocam
Olhares que não se cruzam

Me perdoa se te odeio
Mas questão de signo não se discute
No inferno astral da minha vida
Você é um rei sem trono

Com ausência de rimas
Ou das melodias que gritam "meu bem"
Está em suas mãos parte da minha vida
Sua namorada me roubou o coração

Se fosse ciúme você apenas estaria morto
Mas como é ciúme eu que morri
Mas como não é apenas isso
Estamos vivos e eu sempre a odiar

Talvez seja sua perfeita imperfeição
De se manter calmo e conseguir seduzir
A menina dos olhos de mel
Ou talvez seja seu jeito estranho de andar
e falar
E com certeza é por que você a roubou de todos

Ela te escolheu e deixou os outros
Os deixou (nos deixou)
Para viver um romance florestal
Onde ela é a comida do lobo

Me perdoa se te odeio
Mas é que os pensamentos dela não mudam de frequência
Os dedos dela não escrevem outras coisas
Os olhos não brilham mais para mim
Os cigarros foram apagados
Meu pulmão e meu fígado estão limpos
E meu ódio por fim, aqui

Me perdoa se te odeio
Mas é que as vezes eu me odeio também..

Por fim, parei de viver!

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