04 novembro, 2009

As trocas foram feitas



A brisa leva o que não trouxe. A porcelana quebrada no tapete da sala. Ontem. Os travesseiros então eram revestidos de cacos de vidro, cama de alfinetes e cordas. As gaiolas pertenciam aos olhos, aprisionados e famintos. Tirei a armadura, gritando aos dez mil ventos, e assim fere mais, e assim vai ser. Tirei a máscara, caindo nos treze mil cantos, e por aqui vive-se mais, e assim morri-se mais. Feitos de lâmina e aço.
A nudez do sentido veste minha angústia.

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