As seis da manhã cabeça gira,
o corpo para e a língua entra em transe,
mas não transa.
Os olhos ardem, vermelhos fogo, as mãos parecem
dançar sem ritmo sobre o colchão suado de quarenta graus,
pernas travadas, boca seca, dentes amarelos, nós no cabelo,
pele áspera, agonia e angústia.
Os cotovelos num compasso rítmico pediam
ajuda as paredes, escorriam até o chão
junto a voz surrada de curto alcance,
até cansar, por horas,
mergulhada nas cortinas geladas do castelo de prazeres.
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