21 setembro, 2009

Por agora

Talvez as cores expliquem bem possíveis
hemorragias internas. As marcas e o tempo,
o soprar que não é tão forte quanto antes,
a não-vontade do querer ser e poder não ser.
Possivelmente consigo esconder
entre os laços pretos tal risco de sangue,
defeitos da vida, imperfeições.

Andar com pernas tortas,
sentir o que se foi, lembrar o que não existe,
fugir para lugar nenhum.
A realidade de hoje, sobre quatro paredes
num hospício, leões ao ataque,
banquete servido, o almoço sou eu.
Eu perdida, imunda e sozinha (por agora).

Saudade dos dois lados de mim.

2 comentários:

  1. você tem um triângulo perfeito para te sustentar...

    eles estão ai para você...

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  2. O agora da poesia foi ontem.

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