28 setembro, 2009

No fogo o gelo vai queimar


No fim tudo cai e a histeria reina em tempos de carência. Confidenciei os traumas e aflições, as paixões joguei na cara e precisei nascer de novo para abrir os olhos e voltar a me banhar com o cinza do céu presente em todos os meus dias. Azul não é cor, apesar de parecer ser bonita. O ar sumiu, me sufoquei diante de uma foto, de uma letra seguida de outra errada e de cor branca,
branco não, odeio branco. Não apresento mais sentido, combinei com ele, o menino esquisito. Farei nada para receber nada, ou tudo, ou o que quiserem me dar, e, a ordem era essa?

A minha letra invertida, a velha música que descreve nossas mãos dadas. Sem sentido, sem certeza, sem cor, sem aqui. O meu agora foi ontem, amanhã vai chover amor. Sinto saudades,
vontades, e sinto as mudaças contornando o meu espaço, meus ouvidos doloridos pelos gritos
que dei numa maneira só minha de me afetar diretamente.

Outro dia vi uma partitura nos fios de eletricidade, tanta loucura unida, os delírios meus que
confundem e geram linhas inseguras. Poderia fazer uma greve de palavras, seria uma forma de
suicídio. Sem sentido, sentidos vários, esquerdas e direitas, um passo a frente para a queda
deslumbrante. Um jeito meu de me mostrar.

2 comentários:

  1. desististe de parar de publicar? hehehe

    é impossível... estancar o sangue de letras.

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  2. Ontem o cinza foi tão mais escuro...

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